“os soldados se lhes representava a coragem, e as mulheres, que éramos bobas”. Você nasceu no seio de uma família burguesa de Sevilha, em que a tua mãe era franquista e teu pai republicano. Em minha residência havia uma dualidade muito grande. Minha mãe era de direita, franquista, monárquica e muito católica.

o Meu pai era liberal, republicano e teu irmão Isacio havia sido prefeito de Sevilha ao longo da República. O casamento era bem promenade? Não sei, porém os seus filhos fomos gurias que quisemos buscar o centro. Dizem os entendidos que quando os opostos se conciliam nasce a sinergia e nós fomos sinérgicos.

Ao ser de idéias republicanas e de teu irmão ter sido um prefeito republicano de Sevilha (Isacio Contreras), tinha que ter muito cuidado com o que escrevia. A minha mãe era a clássica dona de residência com muita gente a seu serviço.

Os casamentos não eram como os de imediatamente. Os filhos passamos pouco tempo com os nossos pais, em razão de estávamos com tatas ou das escorts de empresas. Nos vimos poucas vezes, salvo no momento em que comíamos. Minha mãe estava jogando xadrez com as amigas, na igreja..

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Sim, pra mim, marcou a minha infância. Eu morava na via Castelar, onde havia algumas casas muito boas, nobres. Efetivamente, nós morávamos em frente ao palácio dos marqueses de Castilleja do Campo, mas junto com a nossa casa havia um curral de vizinhos, onde morava a Sevilha mais desprovido do que queremos fantasiar. Eu vivi esse contraste, que me punha os pés na terra. Quando eu rua aquelas gurias do curral do vizinhos jogar na Praça de Molviedro, perguntava a minha mãe de maneira inofensivo por que nós tínhamos que jogar em um quarto de brinquedos.

Ela, que era muito própria, me respondia: “Mas tu com quem te juntas? Você não poderá jogar lá. Essas criancinhas são pobres e jogam lá porque não têm espaço em suas casas”. Como eu não tinha dinheiro, eu comecei a perceber que a diferença entre os pobres e os ricos não era o dinheiro, contudo o espaço. Além do mais, no momento em que morria uma pessoa no palácio do marques de Castela, em frente a minha residência, os coches fúnebres eram um luxo incrível.

Quando morria um pirralho no quintal do vizinho, era terrível, muito choroso, porém lá as pessoas não tinham grandes funerais, só se punham um bracelete negro, isto era tudo. Concluí que os ricos tinham espaço e os pobres, e os ricos tinham funerais bons e os pobres, como um bracelete preto.